Em cinco anos, estupros aumentaram 168% no Brasil
De acordo com dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em cinco anos os registros de estupro no país aumentaram em 168%. Nesse mesmo fórum, a Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) estimou que, a cada 12 segundos, uma mulher é estuprada no país. Contudo, os números podem ser muito maiores do que isso, haja vista que em muitos casos, a mulher não declara o estupro por vergonha do constrangimento.
O Rio de Janeiro é o estado campeão de ocorrências. Em 2012, o estado registrou 16 estupros por dia. Os principais agressores são amigos ou conhecidos, seguidos do pai e do padrasto.
Desde 1999 que tramitava no Congresso o PL 03/2013, projeto que regulamenta o atendimento a mulheres vítimas de violência pelo SUS, e que em 01 de agosto de 2013 foi levado à sanção presidencial. Mesmo assim o PL 03/2013 só serviu para reafirmar a atenção às mulheres, pois o Ministério da Saúde já adotava há anos técnicas para cuidados com as mulheres vítimas de violência, com diagnóstico e tratamento de lesões, a realização de exames para detectar doenças sexualmente transmissíveis e gravidez. Às vítimas é também oferecida a pílula do dia seguinte.
"Meus dias se resumiam a ser estuprada", diz vítima nos EUA
Aos 14 anos a norte-americana Elizabeth Smart passou nove meses de terror. Ela foi sequestrada, acorrentada e estuprada por várias vezes ao dia. Hoje, com 25 anos, Elizabeth lançou o livro "My Story", onde conta detalhes do pesadelo que viveu, e conta com programas de combate ao estupro.
Abuso sexual infantil
Nos EUA, uma em cada quatro meninas e um em cada seis meninos sofrem algum tipo de abuso sexual antes dos 18 anos de idade. Por dia, a ONG Safernet recebe cerca de 500 denúncias de exploração da pornografia infantil na Internet. No Brasil, a cada 15 segundos uma criança sofre de abuso sexual.
O abuso sexual infantil ocorre em 80% dos casos na família, principalmente através de pai, padrasto, irmão ou outro parente, e os outros 20% pertencem a pessoas ligadas a esse núcleo, como amigos, vizinhos, professor, padre ou pastor. As vítimas normalmente têm medo de contar o que aconteceu, pois geralmente são ameaçadas pelo agressor, o que dificulta o trabalho de combate a esse tipo de violência.
Identifique a ocorrência de abuso infantil
- Alterações bruscas no comportamento, no apetite ou no sono;
- Desejo repentino da criança em se manter isolada, evitando contato com amiguinhos e familiares;
- A criança se mostrar agitada, muito incomodada e perturbada quando há possibilidade de ficar no mesmo local com uma determinada pessoa;
- Medo desproporcional frente à necessidade de um exame físico;
- Começar a achar que têm o corpo sujo ou contaminado;
- Interesse excessivo ou evitação no contato com seus genitais;
- Rebeldia, agressividade excessiva;
- Podem chegar a um comportamento suicida ou de automutilação.
Denuncie
A Central de Atendimento a Mulher (ligue 180) funciona 24 horas por dia, de segunda a domingo, inclusive feriados. A ligação é gratuita e o atendimento é de âmbito nacional. Além de encaminhar os casos para os serviços especializados, a Central fornecerá orientações e alternativas para que a mulher se proteja do agressor. Ela será informada sobre seus direitos legais e os tipos de estabelecimentos que poderá procurar, conforme o caso: delegacias especiais, justiça, postos de saúde e etc.
Já para os casos de abuso infanto-juvenil o ideal é procurar a ajuda do Conselho Tutelar ou o "Disque 100" (Disque Denúncia Nacional de Abuso e Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes).
Itnet

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